quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Santa Catarina é uma nova novela jornalística?

Os jornais brasileiros, nos últimos tempos, parecem estar sempre em busca de um novo caso para “entreter” leitores e telespectadores. Este ano, a imprensa cometeu excessos na cobertura de casos como o assassinato de Isabela Nardoni, o seqüestro de Eloah, e agora, as enchentes de Santa Catarina.

A mídia está indo além do compromisso de informar, transformando tragédias em verdadeiros shows de horrores, com matérias ditas “humanizadas”, mostrando desde mazelas de supostos criminosos como Alexandre Nardoni, Ana Jatobá e Lindemberg ao desespero de quem perdeu tudo nas chuvas, no sul do país. O assunto é explorado em "capítulos". Mocinhos e vilões vão sendo apresentados, a cada dia sabe-se um pouco mais sobre eles, e cria-se a grande expectativa para o desfecho da história. Assim é um roteiro de novela.  

Explorar a dor das famílias catarinenses está longe da função social de arrecadar fundos e donativos para ajudá-las. Para isso, não é necessário mostrar cenas terríveis como o desespero de quem espera pela retirada de um parente soterrado no deslizamento de terra ou um animal morto preso a uma cerca de arame farpado.

Jornalistas entram na água barrenta para mostrar o drama ou fazer um drama? Pegam carona nos aviões da Força Aérea por qual motivo? Choram abraçando vítimas que perderam a casa e a família com qual intuito? Consolar ou fazer daquela vítima um holofote para si próprio?

O jornalismo está cometendo excessos em nome de audiência, ultrapassando todos os limites da ética e do respeito ao indivíduo que se encontra em situação de miséria material, espiritual, ou ambas.

Está na hora de mudar o foco. O enfoque deve ser o compromisso de informar e prestar um serviço. Ainda há tempo para o bom jornalismo. É nisso que eu ainda acredito.     

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Pausa pro Café - Emoção: quem está preparado para ela?

A gente passa por vários aprendizados ao longo da vida, mas num plano, não menos importante, e essencial para a saúde física e psíquica, somos ignorantes: não sabemos lidar ou controlar nossas emoções.

O que alimentamos em pensamento leva a emoções boas e ruins. Produzimos nossa própria cota de energia regeneradora ou nociva. As emoções são intensas e geram conseqüências e, por isso, precisamos aprender a equilibrar a balança com a razão. 

A gente ainda está no "beabá" dessa cartilha, mas nunca é tarde para pegar o “(*) caminho suave” das emoções sadias.


(*) Caminho Suave é a cartilha de alfabetização usada na primeira série do ensino fundamental.  


quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Ataques a Mumbai: cobertura em tempo real nos blogs

Lendo o blog da jornalista Rosana Hermann, "Querido Leitor", encontrei um link para uma matéria falando sobre a cobertura, em tempo real, de blogueiros de Mumbai, no dia dos ataques terroristas, ao maior centro financeiro da Índia, na quarta-feira (26). A matéria diz que os blogs eram atualizados constantemente naquele fatídico dia e o mais incrível foi a rápida resposta dos internautas que deixaram comentários sobre os ataques nesses blogs. O jornalismo online ganha mais um braço com o blog. Acredito que o jornalismo colaborativo, como estão chamando, chegou para ficar depois dos cinegrafistas amadores com seus aparelhos celulares.


Leia a notícia abaixo:
Blogs fazem cobertuta de ataques a Mumbai

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A febre dos blogs

Há mais blogs navegando na internet do que estrelas no céu? Exagero?! Nem tanto. A febre está contagiando todo mundo. Jornalistas, políticos, economistas, adolescentes, jovens, emos, homossexuais, feministas, ecologistas, até celebridades (cuidado assessores de imprensa desse povo instável, seus empregos podem estar em risco!). Enfim, todo mundo tem um blog ou vários. Eu tenho um blog, você tem...hum...se ainda não tem um terá em breve, acredite.

O blog surgiu na rede mundial de computadores com o propósito de ser a versão digital de um diário, onde as pessoas escreveriam sobre suas rotinas, seus desabafos, seus pontos de vista. A proposta era ser um diário pessoal virtual e interativo. Mas, com o passar dos anos nesta década em que vivemos, o blog tornou-se mais do que um “querido diário”, mais que um espaço de desabafos pessoais.

O blog adquiriu uma função social, tornou-se um mural de reflexões, um varal poético, um espaço para publicação de artigos, serviços e muitas outras coisas. Hoje em dia, dá até para ganhar um din din escrevendo em blogs dentro da teoria do ócio criativo — aproveitar o seu tempo dedicando-se com paixão e afinco a alguma coisa que você goste de fazer, sem esperar grandes recompensas financeiras.

É da natureza do homem deixar registros de sua existência, de seus sentimentos e pensamentos, para os que o sucederem na escala evolutiva do Universo. E não seria diferente na Era Tecnológica.

A linha tênue entre o certo e o errado e os efeitos disso na prática


Um carteiro dos Estados Unidos deixou de entregar correspondências de mala-direta por sete anos, o que foi como uma benção para os destinatários que se livraram de uma montanha de catálogos, propagandas e anúncios, poupando ainda seu organismo do peso “desnecessário”.
Steven Padgett foi processado judicialmente e condenado a prestar serviços comunitários e a pagar multa de US$ 3 mil, por não entregar as cartas.
Porém, para as pessoas “lesadas”, Padgett é um herói. Uma destinatária chegou a afirmar que nunca um carteiro fez o seu serviço tão bem feito.
O advogado de Padgett disse que ele deixou de entregar as correspondências por motivos de saúde.
Bom, realmente o carteiro errou e, aos olhos da Justiça, da empresa de correios e dos remetentes da mala-direta, tem que ser penalizado. Mas, para a população, Padgett, fez um grande feito.
Certo e errado são julgamentos relativos desde os primórdios da humanidade.

Crédito da foto: Shawn Rocco/AP

Leia mais sobre o caso, clique aqui

domingo, 23 de novembro de 2008

Parada pro Cafezinho

O tamanho da felicidade

Qual é o tamanho da felicidade? Ela não tem tamanho exato. Essa é a resposta exata para algo profundo e variável. É no estado de harmonia que a encontramos, se soubermos identificá-la. Ela pode durar uma fração de segundo como uma vida inteira. Ela pode ser sentida num sorriso correspondido, como num nó que rasga a gargante de quem está no topo de um pódium, no nascimento de um filho, na conquista daquilo que se deseja.
A desarmonia é decorrente de acontecimentos que não queremos, acontecimentos que muitas vezes não pudemos evitar e de outros que provocamos sem perceber. O segredo para sentir a felicidade é concentrar toda a nossa energia para o estabelecimento da harmonia.
É, eu sei que é difícil manter equilíbrio e harmonia quando cada um pensa diferente da gente, quer coisas diferentes da gente, sente coisas diferentes e tem propósitos e sonhos que não cruzam o caminho da gente. Mas, ainda assim, a harmonia está lá, nas entrelinhas do nosso Eu Maior. A harmonia pode ser resgatada mesmo diante de uma realidade impensável, de outra que parece não ter lógica — porque não conseguimos compreendê-la e que parece tão cruel, às vezes. A harmonia está dentro de nós. Para encontrá-la junto do equilíbrio pare, feche os olhos, respire fundo, e no mais absoluto silêncio, com sua mente aberta você será capaz de ver e ouvir a harmonia, o bálsamo para a sua vida. Talvez, num momento de desespero, você precise da ajuda de alguém que te conduza ao caminho da harmonia. E essa ajuda aparecerá quando você quiser que ela apareça e desejar realmente a harmonia. Neste encontro com a harmonia, depois da árdua expedição em sua busca, a recompensa será a felicidade...impensável e até incompreensível na lógica de muitas mentes humanas.
O filme À PROCURA DA FELICIDADE conta a história de um homem que chegou ao fundo do poço, enfrentou todas as dificuldades e o desespero e VENCEU. Ao vencer porque acreditou que podia, ele encontrou e sentiu a FELICIDADE. Esse trecho do filme (acima), me emociona muito e, na belíssima interpretação de Will Smith na pele de Chris Gardner, eu me inspiro a continuar batalhando para um dia sentir a mesma coisa, com a mesma expressão no rosto, um nó rasgando a garganta e um sentimento de amor e estima por mim tão grandes que não caberão dentro de mim. E, então, eu vou sair no meio da multidão, aplaudindo, num comportamento sem lógica para muitas mentes humanas, mas que fará todo o sentido para mim.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Uma doença ‘crônica’ chamada miséria

“Bombeiros acham restos que podem ser de criança desaparecida após incêndio”. Essa chamada no site do G1 me deixou perplexa e triste. Poderia ser mais um incêndio em uma favela, com a morte de uma criança, mas esse me chamou a atenção para a cena terrível de uma mulher humilde olhando as cinzas do que foram barracos e a possível morte da própria filha de 2 anos de idade, queimada, por sua suposta negligência. Duzentos barracos foram destruídos pelo fogo. Vizinhos desesperados e revoltados culpam a mulher pela tragédia que iniciou em seu barraco.
Mas, quem são os culpados de uma tragédia anunciada? A mulher que pode ser viciada em drogas e sem querer pôs fogo na casa? E os sistemas clandestinos de fiação elétrica que abraçam a favela, os chamados gatos, ligados por várias mãos? E o desemprego em massa? O dinheiro fácil do crime?
Barraco de madeirite, luz de graça e com risco de vida, esgoto a céu aberto, e essa gente pobre "vai tocando a vida do jeito que dá”. Até que a tragédia, antes anunciada, chega. E o dia sempre chega.
Toda essa desgraça é fruto da miséria crônica instalada num país como o Brasil. Como pode? Um país abundante em comida, dinheiro, sem grandes desastres naturais, não conseguir combater essa doença chamada miséria? Praticamente uma doença crônica, porque parece que não tem cura.
A culpa da morte do bebê não é daquela mãe desestruturada emocionalmente e financeiramente, de saúde debilitada, provavelmente sem acesso a uma educação de qualidade ou uma família estruturada. Adelina Bárbara do Nascimento, de 32 anos, é mais uma vítima do caos social estabelecido. O Brasil tem um câncer cuja cura aparecerá se um dia for conveniente. É assim que as coisas funcionam no País Tupiniquim desde o período colonial, passando pela abolição dos escravos, a Independência, a Proclamação da República, etc.
As submoradias são plataformas políticas que produzem votos. As favelas servem aos políticos e ao crime organizado que estabelece em cada núcleo, um poder paralelo. A miséria dá lucro para quem já vive na fartura.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Parada pro Cafezinho


A tela do seu computador está bombando de notícias, links e mais links. Só tem desgraça. O tempo está correndo e antes do deadline, você tem três matérias pra escrever. Já deu mil telefonemas e as fontes não te retornam. O tempo a passos largos vai te vencendo. Justo nessa hora você também pensa na pilha de contas pra pagar, em como você vai sair no meio daquela chuva forte, na televisão com volume alto te ensurdecendo. Tudo isso acontece numa fração de segundo enquanto você esfrega os olhos e pára com os cotovelos sobre a mesa e as mãos sustentando a cabeça pelo queixo.
Nesse momento você tem que tomar uma decisão e a decisão é a seguinte: Respire fundo, levante, vá tomar um café, ria um pouco com os colegas, lembre de algo engraçado. Continue respirando fundo. Ou simplemente, feche os olhos por alguns minutos e concentre seu pensamento somente naquilo que você quer naquele instante. Quando você perceber que está mais calmo, retome o trabalho, pegue as rédeas e 'toca pra frente'. Mande o estresse ver se você está lá na esquina esperando o bonde de guarda-chuva aberto. Sacou?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Depressão pode ser diagnosticada por exame de sangue


Um estudo desenvolvido na Itália e anunciado nesta quarta-feira (19) promete revolucionar o diagnóstico da depressão através de um exame de sangue. Se os estudos comprovarem que o exame de sangue é preciso, mais rápido o paciente será encaminhado para tratamento medicamentoso.
O estudo apontou o excesso de um ácido graxo na amostra de sangue de pacientes com depressão identificado como araquidônico (AA), ácido graxo essencial, da família do Ômega 6, como fator determinante para o desenvolvimento da doença.
Hoje em dia, o diagnóstico da depressão é feito por psicólogos, psicoterapeutas e psiquiatras, na base da entrevista com o paciente ou testes de perguntas e respostas que avaliam o grau da depressão que a pessoa sofre. Tudo é muito subjetivo e o tratamento é à base de medicação antidepressiva e ansiolítica (tranqüilizantes e sedativos).
A depressão não pode ser curada sem medicação. Porém, o processo entre o diagnóstico e o tratamento da doença é muito moroso para o paciente que sente um mal estar insuportável. Os efeitos do antidepressivo no organismo só ocorrem cerca de 20 dias após o início do tratamento. Antes disso, vai um bom tempo, talvez um mês, até um possível diagnóstico de depressão.
Cerca de 121 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão, segundo a Organização Mundial de Saúde. A OMS revela ainda que 15 em cada 100 pessoas cometem suicídio, além disso, apenas 30% dos pacientes tem acesso ao tratamento. Em todo o mundo, 1 milhão de pessoas se matam, por ano, em média por motivos diversos, um deles, é a depressão.
A depressão é mais comum e mais séria do que se imagina, uma vez que um dos sintomas mais graves é o impulso suicida. Tristeza profunda por mais de três semanas, falta de energia, preguiça ao ponto de não querer levantar da cama, tendência ao isolamento e pensamentos de baixa auto-estima que levam a idéias suicidas são sintomas de um distúrbio psíquico que, ainda no século 21, não é encarado como uma doença pela maioria das pessoas.
A depressão pode ter origem orgânica ou reativa. A reativa é causada por um abalo ou trauma emocional muito forte provocado por abusos e violência psíquica ou física, perdas de um ente querido, namorado, marido etc, falência, entre outros fatores.
Aos primeiro sintomas, consulte imediatamente um médico. A DEPRESSÃO É UMA DOENÇA GRAVE QUE PODE LEVAR À MORTE.
Para ler a reportagem sobre o estudo, clique aqui

terça-feira, 18 de novembro de 2008

O efeito dominó nos pontos nevrálgicos do mundo

O efeito dominó segue seu curso atingindo pontos nevrálgicos do mercado financeiro mundial. Na primeira quinzena de novembro a Europa anunciou uma realidade alarmante. Dez mil trabalhadores europeus e estrangeiros estão sendo demitidos todos os dias.
Na última segunda-feira, o Japão, a segunda maior potência econômica do mundo, anunciou que está em recessão e que a crise deverá se estender até 2010.
A crise que se alastra neste segundo semestre, após o rombo causado pela inadimplência no mercado imobiliário nos Estados Unidos — até então a maior potência financeira do planeta — preocupa a cada dia. Apesar de injeções e mais injeções de créditos para tentar controlar os sintomas de uma grave recessão — pior que a recessão resultante da quebra da Bolsa de Nova York, em 1929 — as projeções de especuladores e economistas para curto prazo não são nada animadoras.
Parece, no entanto, que todos temem algo que ainda não é possível dimensionar. A mídia fala que os países emergentes, incluindo o Brasil, não serão afetados diretamente pela crise. Mas, há de se considerar que as multinacionais estão instaladas nesses países.
As montadoras de veículos já anunciaram férias coletivas no Brasil. Ainda não se fala em demissões, mas os prazos de financiamento, antes estendidos para 60, 72 meses, já foram reduzidos para 24 meses, com juros consideráveis por prestação. O medo ronda todos os mercados e deixa apreensivos os trabalhadores assalariados e, conseqüentemente o mercado consumidor.
A classe média é a engrenagem do giro de capital no mercado consumidor. É a maior consumidora de bens de consumo e campeãs dos contratos de financiamentos e créditos. As financeiras sobrevivem dos juros recolhidos, porém, a margem de inadimplência hoje coberta por esses juros poderá aumentar e a conseqüência poderá ser a quebra. Mais um ponto nevrálgico atingido.
A crise pode sim afetar seriamente o Brasil e demais países emergentes, pois a Grande Maça que bombeava o fluxo de capital para todas as praças, todas as bolsas de valores, está doente. Tomara que se recupere logo!

domingo, 16 de novembro de 2008

Saravá os 100 anos da Umbanda!

No dia 15 de novembro foi celebrado o centenário da Umbanda. A primeira religião espírita fundada no Brasil, pelo médium Zélio Fernandido de Moraes, sob a orientação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, em Niterói, no Rio de Janeiro. Mas, essa religião, voltada para a caridade e para o amor ao próximo, ainda é vista com muito preconceito, no país.
Os templos de Umbanda vivem repletos de pessoas em busca de cura espiritual, curas de doenças, ávidas por uma palavra de alívio sobre um amor perdido, por um ente que desencarnou, por uma dívida que não se consegue pagar.
Os templos estão sempre cheios de pessoas que buscam nos guias (caboclos, pretos-velhos, erês, exus, pombagiras, marinheiros, índios e negros) um pouco de alívio para suas dores, ajuda por meio de aconselhamentos. Porém, muitas dessas mesmas pessoas que tomam o passe que cura negam a Umbanda porta afora do templo.
Umbanda não é magia negra. Umbanda não sacrifica animais. Umbanda não explora comercialmente a fé alheia. Não faz ebó para o mal dos outros. Umbanda tem o propósito de cumprir a Missão de levar o bem e acalentar a quem precisa.

A Umbanda sincretiza a fé católica, pregando os ensinamentos de Jesus na figura de Oxalá, além de cultuar Nossa Senhora e os santos católicos, chamados por outros nomes, dentro da cultura afro-brasileira.

Saravá, Umbanda!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Europa tem quase 10 mil demissões por dia

Jamil Chade - de O Estado de S.Paulo

GENEBRA - São quase 10 mil novas demissões a cada dia. Essa é a realidade que vive a Europa hoje, uma economia que pena para dar sinais de competitividade e que acumula problemas. A crise financeira se transformou em uma crise na economia real e políticos já alertam para a terceira fase: a crise social. Dados dos diversos governos deixam claro que a situação é a pior em mais de uma década.
Entre os mais afetados estão os imigrantes, muitos deles brasileiros. Na Espanha, 46% dos imigrantes está desempregado.

As cifras mais recentes são do Reino Unido, que divulgou nesta semana o pior aumento do desemprego em 16 anos e uma recessão. Hoje, o governo inglês é obrigado a pagar pensões a 980 mil pessoas. 1,8 milhão perderam seu trabalho em 2008. E o pior é que a crise ainda não revelou toda sua dimensão. "Não estamos ainda no fundo do poço", afirmou o ministro do Trabalho inglês Tony McNulty.

No Reino Unido, foram 1,5 mil novos desempregados por dia entre agosto e outubro. Ontem, a British Telecom anunciou que demitiria 10 mil pessoas até o final do ano. Em termos percentuais, a taxa de desemprego chega a 5,8% no Reino Unido, contra 7,5% na zona do euro, taxa que deve aumentar para quase 9% em 2009. Para a HBOS, a taxa de desemprego pode chegar a 3 milhões até 2010.

Na França, o governo estima que são mais de 1,2 mil o número de pessoas que recebe cartas de demissões por dia. Na Espanha, apenas o mês de outubro registrou 192 mil novos desempregados e o número de pessoas sem trabalho já chega a 2,8 milhões. 6,7 mil por dia.

"O custo humano da crise será maior do que se esperava", afirmou John Cridland, vice-diretor da Confederação da Indústria Britânica. Numa estimativa publicada há duas semanas, a Organização Internacional do TRabalho alerta que a crise atingirá 20 milhões de pessoas até o final de 2009.


Imigrantes


Um dos primeiros efeitos está sendo sentido na população de imigrantes. Na Espanha, quase metade dos estrangeiros vivendo legalmente no país estão desempregados, cerca de 350 mil. Em outubro, 36 mil estrangeiros perderam seus trabalhos.

A Inglaterra, para 2009, resolveu diminuir o número de vagas abertas para trabalhadores estrangeiros. No total, serão 800 mil vagas destinadas a estrangeiros, incluindo de outros países europeus. O número é 20% inferior ao volume de 2008. 1 milhão de poloneses se mudaram para a Inglaterra nos últimos quatro anos em busca de trabalho. Agora, poderão ser obrigados a voltar para casa.

Em um recente seminário, o presidente da BP, Peter Sutherland, e representante especial da ONU para Migrações, alertou sobre o impacto da crise. "Será inevitável que a queda do crescimento global tenha um efeito sobre os imigrantes. Ou eles serão incentivados a voltar para casa ou serão os primeiros a perder seus empregos", alertou.

Bela Galgoczi, pesquisadora do European Trade Union Institute, estima que 2 milhões de poloneses migraram para a Europa Ocidental em busca de trabalho nos últimos anos. Mas o problema não pára por ai. Jakob von Weizsaecker, pesquisador da entidade Bruegel, alerta que a crise em países como a Ucrânia pode gerar um novo fluxo de migrações, agravando ainda mais o problema na Europa.

Fonte: http://www.estadao.com.br/economia/not_eco277205,0.htm
quinta-feira, 13 de novembro de 2008, 15:20

sábado, 8 de novembro de 2008

God bless Obama

Quase meio século depois, um democrata, jovem, com carisma, e com uma bela oratória conquista não somente os votos, mas os corações de milhares de norte-americanos. Mas, as semelhanças entre Barack Hussein Obama e *John Fitizgerald Kennedy, vão além de uma legenda partidária. Obama tem 47 anos de idade, Kennedy tinha 43 quando foi eleito presidente dos EUA, em 1960.
John Kennedy foi o primeiro presidente dos Estados Unidos nascido no século XX. Barack Obama é o primeiro presidente negro da Nação do Tio Sam. Ambos já tinham dois filhos quando assumiram o posto de chefe de Estado da maior nação econômica do planeta. Jacqueline Keneddy era o alicerce da família, assim como Michelle Obama é a “rocha da família”. Jacqueline era uma primeira-dama notável, impecável, uma mulher aparentemente forte e elegante, assim como Michelle tem se mostrado ser.
Kennedy era jovem e tinha idéias progressistas. Na década de 1960, o então presidente querido por seu povo lança um desafio e incentiva o Projeto Apollo. Mas, infelizmente o primeiro norte-americano a dar o grande passo para a humanidade, não viveu para ver Neil Armstrong dar o seu pequeno passo na Lua.
Kennedy promoveu mudanças significativas no alto escalão de seu governo e no da Cia. Tentou uma aproximação com a União Soviética, o que desagradou a maior indústria bélica do mundo, a dos Estados Unidos.
Obama assume a cadeira que um dia foi de Kennedy em meio a uma crise financeira sem precedentes. Obama foi eleito por 66% dos eleitores norte-americanos que depositaram nele “hope”, esperança em inglês. O povo norte-americano clama por esperança. Está nas mãos do negro, cristão- muçulmano, a geração de novos empregos, a renda familiar estável em cada casa norte-americana e a volta dos filhos que ainda estão em missão no Iraque. São muitos os desafios de Obama.
Talvez pela primeira vez na história mundial, a eleição de um presidente dos Estados Unidos da América foi acompanhada pelos cinco continentes, com apreensão . A crise deu popularidade à Obama. A confiança em Barack Hussein Obama foi depositada também por chefes de Estado de vários países, que acreditam numa melhor relação político-econômica com o democrata.
Que *God bless Obama para a salvação da economia mundial.
(*) God bless, Deus abençoe, em inglês

(*)Kennedy foi assassinado com dois tiros na cabeça em 1963, quando transitava em carro aberto, em um evento oficial, em prol de sua campanha à reeleição.