quarta-feira, 10 de novembro de 2010

No dia 10 de novembro...

No dia 10 de novembro de 1976, às 23 horas, também era uma quarta-feira, eu cheguei a esse mundo com uma primeira missão. Aumentar uma família. No decurso da minha vida, outras missões me foram postas à prova, construí e “descontruí” muitas coisas, ampliei minha família com amizades que nunca se romperão, fiz muita gente rir, também fiz muita gente chorar. Desenhei metas e estratégias para enfrentar minhas batalhas pessoais, afetivas e profissionais, sem que isso custasse a dor de outras pessoas.

Sou determinada, teimosa, nada fácil de lidar, mas acima de tudo justa e amorosa. Quem é perfeito? Não quero e não faço questão de ser perfeita. As pessoas e a própria vida já cobram excelência em tudo e quanto mais perfeita, mais cobrada a gente é. Tô fora! Não dou a outra face, mas já perdoei muito, já amei muito, já lutei com tudo o que podia e, por isso, nem tudo foi perda nas batalhas em que fui vencida.

Hoje, aos 34 anos, sou uma mulher que continua na luta, que tem projetos de vida, que pensa em continuar aumentando a família, dessa vez, com herdeiro do meu próprio sangue e, espero, somente das qualidades...rs

Gosto do meu trabalho, pois conheci centenas de rostos, de histórias surpreendentes e emocionantes, chorei solidária com os infortúnios de algumas pessoas e fiquei feliz em poder ajudar algumas delas, com minhas reportagens.

Minha missão de vida? Ajudar as pessoas sabendo entendê-las, iluminando os caminhos tortuosos e árduos por onde passar com compaixão e amor. Às vezes, é difícil iluminar, muitas vezes quero mesmo é que a escuridão assombre quem ou o que me ameaça ou me ataca no caminho, mas a gente sempre tem escolha.

Vim, vi e estou vencendo, ganhando ou perdendo, minha bagagem é rica de experiências, de lembranças, de VIDA.

domingo, 24 de outubro de 2010

Penso, logo realizo

Há mais verdade e realidade no que não podemos ver ou tocar do que a maioria de nós é capaz de compreender. Só sei que nesta semana tive uma prova do quanto a força do pensamento e do sentimento pode nos aproximar daquilo ou de quem queremos. Por alguns dias me concentrei naquilo que eu mais queria. Em uma noite eu chamei, em pensamento, alguém que eu não via há algum tempo. No dia seguinte, ele apareceu e, de certa forma, me disse "estou aqui".
Antes que você pense que esse alguém é um ser espiritual, não é. Ele é mais carne do que espírito, digo isso considerando que ele ainda tem um longo caminho a percorrer rumo ao amadurecimento espiritual e emocional.
O que importa é que ele recebeu meu chamado e eu fiquei feliz como há muito tempo não me sentia. E isso é tão forte que eu também posso sentir quando ele me "chama".

quinta-feira, 27 de maio de 2010

18 anos do milagre de Santa Bakhita em Santos

Há 18 anos, acontecia o primeiro milagre atribuído à Santa Josefina Bakhita, em Santos. Apenas dez dias após a beatificação de Bakhita, Eva da Costa Onishi, que sofria de diabetes, teve as feridas das pernas curadas. O milagre da cura aconteceu 24 horas depois de Eva apelar à Santa e esfregar o santinho com a imagem de Bakhita sobre as feridas.
O milagre foi comprovado e Bakhita foi canonizada.
Josefina Bakhita foi um ser iluminado que passou pelo mundo terreno dedicando-se ao bem, dentro de sua religiosidade, e após o seu desencarne.
Eu soube disso hoje enquanto entrevistava o padre Caetano Rizzi, que é vigário judicial da Diocese de Santos e doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, de Roma.
Como eu acredito que nada acontece por acaso, decidi postar sobre o assunto hoje aqui no blog.

Santa Josefina Bakhita
Nascida no Sudão, em 1869, Bakhita foi raptada ainda criança e vendida como escrava, converteu-se à Igreja Católica Apostólica Romana, até que enfim, tornou-se uma Irmã Canossiana ao entrar para a Congregação das Filhas da Caridade Canossianas, na Itália, onde viveu até a sua morte, em 8 de fevereiro de 1947. Beatificada no dia 17 de maio de 1992, a Madre Morena, como era chamada, foi declarada santa pelo papa João Paulo II, em 1º de outubro de 2000.


Leia mais sobre a história de Santa Bakhita

Uma igreja foi construída para esta santa em Santos

domingo, 23 de maio de 2010

O sofrimento pode deixar uma pessoa "maluca"?

Uma perda pode deixar uma pessoa saudável e sã "maluca"? Maluca, no sentido, de desenvolver doenças psiquícas como a depressão, TOC, entre outras? Sim, pode. Nenhum tipo de perda pode ser substimada. Ninguém pode dizer a alguém que vive uma dor profunda de uma perda afetiva, por exemplo, que a dor dela "não é nada", e, por achar bobagem, negligenciar ajuda ou ridicularizar o problema. AS PESSOAS SOFREM!
Tenho lido muita coisa dita por psicólogos, psiquiátras, reikianos, esotéricos, etc, e descoberto que as pessoas, em sua maioria, não estão preparadas para o sofrimento.
Diante do sofrimento, algumas pessoas "fogem" para a alienação, outras que enfrentam a dor até ficam doentes, outras agressivas, algumas se aproximam de outras pessoas, outras se isolam, e outras até se matam, num momento de desespero.
A dor da perda de um ente que morreu, a dor da separação do namorado ou marido, a falência, o envelhecimento. São tantos os motivos que podem levar uma pessoa à "loucura". Loucura no sentido de que uma perda pode trazer sérias consequências, pode provocar uma mudança brusca na vida de alguém.

Ontem, assisti ao filme Reine Sobre Mim (Reigh Over Me), com Don Cheadle e Adam Sandler, que mostra justamente isso, como um sofrimento pode transformar uma pessoa. É um filme espetacular. Existem duas situações de perda que afetaram profundamente os personagens no filme. A história do personagem vivido por Adam Sandler, e a história da personagem Donna (Safron Burrows), que sofreu uma perda amorosa. Mais do que um ótimo filme, Reine sobre Mim, é uma lição de vida.
  
Assista a uma das melhores sequências do filme "Reine Sobre Mim". Clique no link abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=f5_OTlSpjTc&feature=related

  

domingo, 2 de maio de 2010

Ajudinha do 'além' teria dado tetra ao Brasil na Copa de 94

No aniversário de 16 anos da morte do piloto Ayrton Senna, o  jogador italiano Roberto Baggio declarou, em entrevista à Globo, que perdeu o pênalti que deu o tetracampeonato à seleção brasileira na Copa do Mundo, em 1994, à uma ajudinha de Ayrton Senna.
Naquele 17 de julho, dia da final da Copa, apesar do clima de festa e da quase certeza do TETRA, os brasileiros ainda estavam consternados com a morte repentina de Senna, no dia 1o de Maio. Senna bateu forte na curva Tamburello, no Grande Prêmio de Ímola, na Itália, encerrando ali sua jornada na Terra.

Leia a reportagem na íntegra. Clique no link:

http://copadomundo.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/05/02/baggio-diz-que--fantasma--de-senna-deu-titulo-ao-brasil-na-copa-de-1994.jhtm

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Feto de 22 semanas sobrevive 24 horas após aborto na Itália

Fiquei estarrecida ao ler esta notícia. Leis devem ser cumpridas, mas quando a aplicação de uma lei custa uma VIDA, eu entendo que o socorro é prioridade, principalmente, quando, após um aborto, o bebê sobreviveu ainda por 24 HORAS.  A notícia da BBC Brasil foi publicada na Folha Online de hoje.

Leia no blog ou clique no link para ler a publicação.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u727648.shtml

29/04/2010 - 11h39

Feto de 22 semanas sobrevive 24 horas após aborto na Itália

da BBC Brasil

Os médicos de um hospital de Rossano Calabro, uma cidade no sul da Itália, foram acusados de não prestar socorro a um feto que sobreviveu por mais de 24 horas depois de ter sido abortado por uma paciente.

O caso teve grande repercussão na Itália, onde grupos católicos reivindicam mudanças na lei que legaliza o aborto.

A interrupção da primeira gravidez de uma mulher, cujo nome foi mantido sob sigilo, aconteceu no hospital Nicola Giannatasio, na noite de 24 de abril. Segundo informações do próprio hospital, a paciente decidiu abortar após ver o resultado da última ecografia, que teria indicado má-formação feto.

No dia seguinte, um domingo, o sacerdote do hospital, dom Antonio Martello, foi avisado por um funcionário de que o feto ainda apresentava sinais de vida.

O feto então foi transferido para a unidade de tratamento intensivo neo-natal de outro hospital, na cidade próxima de Cosenza, mas acabou morrendo na madrugada de domingo para segunda-feira.

A Procuradoria da República de Rossano Calabro abriu um inquérito por "homicídio voluntário" para apurar se houve violação da lei por abandono terapêutico do feto no hospital de Rossano Calabro. De acordo com as autoridades judiciárias, a morte deveria ter sido confirmada após a interrupção da gravidez.

"A hipótese investigativa é de homicídio voluntário, porque não podemos excluir que houve dolo ou indiferença em relação à possibilidade de sobrevivência, com omissão de terapia de recuperação", afirmou o procurador Leonardo De Castris.

Negligência

Segundo a Cúria da cidade, os médicos foram negligentes e omitiram socorro ao feto que ainda estava vivo.

"Houve uma arbitrária superficialidade de médicos e autoridades hospitalares ao omitirem qualquer tipo de tratamento e reanimação da criança que, apesar disso, sobreviveu autonomamente", diz um comunicado da Cúria.

A lei italiana autoriza o aborto nas primeiras 22 semanas nos casos em que a gravidez representa risco à saúde psicológica e física da mãe e quando há diagnóstico de má-formação do feto.

Depois desse período, a gravidez só pode ser interrompida, se a vida da mãe correr perigo ou se houver grave má-formação do feto. As normas também garantem terapia de apoio à respiração, mas apenas aos fetos nascidos a partir de 23 semanas, quando a chance de sobrevivência è maior.

Revisão

O caso provocou discussão na Itália, onde grupos católicos com o apoio da Igreja pedem a revisão da lei de 1978 que autoriza o aborto.

"O médico não deve olhar a data, mas o feto. Se após um aborto ele permanece vivo, é obrigatório fazer com que continue vivendo. Uma pessoa, que já esta fora do útero da mãe, demonstra vitalidade, deve ser socorrida", disse Monsenhor Elio Sgreccia, presidente emérito da Pontifica Academia para a Vida, ao comentar o caso.

Um das mudanças que os grupos católicos reivindicam é a antecipação do que se considera o período de sobrevivência do feto.

Segundo o jornal oficial da Santa Sé, o Osservatore Romano, há possibilidade de sobrevivência mesmo antes de 22 semanas de gestação, mas a lei não prevê assistência ao feto nesses casos.

"A lei italiana proíbe o aborto quando existe uma possibilidade do feto sobreviver, isto é, depois de 22 semanas de gestação. Mas se ele nascer antes, não quer dizer que nascerá morto, ao contrário, sente dor (a partir da 20ª semana) e faz pequenos movimentos. Não é possível fazer de conta que não se sabe disso", diz o artigo publicado pelo jornal do Vaticano.

O diário da Santa Sé reivindica direitos para todos os recém-nascidos.

"Se não for possível reanimá-lo, por ser pequeno demais, que ao menos tenha um ambiente quente e digno, uma companhia humana, um nome e uma sepultura, como qualquer outra pessoa prestes a morrer."

quinta-feira, 22 de abril de 2010

"Mulheres Possíveis", de Martha Medeiros

Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!


E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três dias.

Cinco dias!

Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.

Para engravidar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.

Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.

Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante.

Martha Medeiros
Jornalista e escritora
Colunista do jornal Zero Hora de Porto Alegre, e de O Globo, do Rio de Janeiro

(Foto:cred. Divulgação)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Até breve, "Menina"

“Menina”, “Pequena”, sapeca. Ela sempre foi tão sapeca que durante toda a sua vida carinhosamente eu e toda minha família, também família dela, a chamávamos de “Menina” ou “Pequena”. Ela já era uma senhora de 11 anos, mas essa gatinha matreira parecia ter, no máximo, 2 anos.

Menina, meu bebê, gostava de beber água da torneira, água corrente e tinha que ser na mão, não adiantava abrir a torneira e deixá-la se virar. E como bebia água a danadinha. Sabe se lá como ela descobriu que muito além do que ela alcançava havia água corrente.

A Menina, ao contrário da maioria dos gatos, quase não dormia. Ela estava sempre ligada. Eu dizia: “Pequena, esses olhinhos espertos a essa hora, bebê”. E ela me olhava como se entendesse e miava, “conversando”. É, ela conversava, ronronando ou resmungando. “Menina” tinha lá o seu vocabulário para falar com o bicho pensante, nós, que pouco entendíamos o que aquela adorável criaturinha dizia.

Nos últimos dias aqueles olhinhos espertos deram lugar a um olhar quase inerte. Durante pouco mais de uma semana, acompanhei os últimos dias do meu bichinho amado. Dei remédio, fiz imposição das mãos, brinquei, acolhi, acariciei, dediquei todo o meu amor por ela, fazendo com que ela sentisse que eu estava ali. Na sua última noite em vida, Menina dormiu na minha cama, onde eu a abracei, como se dessa forma, eu pudesse, de alguma forma aliviar a sua dor que eu não podia ver ou até mesmo CURÁ-LA.

Hoje de manhã, levamos Menina ao médico. Ela parecia melhor, mais esperta, com os olhinhos matreiros mais espertos. Ela tomou soro, foi medicada. Durante todo o tempo eu permaneci ao seu lado, acarinhando seu pêlo. Voltamos para casa, e pouco tempo depois, cerca de meia hora, aqueles olhinhos que eu tanto amava haviam morrido.

Durante uns poucos segundos eu não acreditava que havíamos perdido a batalha para a doença dela. Eu não chorava naquele instante, em choque, peguei meu bichinho e corri para o veterinário. No caminho, comecei a lembrar da Menina viva e saudável até dez dias atrás. Aí não deu, desabei a chorar. Choro ainda e vou chorar por algum tempo até que a saudade se transforme em conforto porque o sofrimento do meu bichinho acabou.

Menina morreu aos 11 anos de idade, no dia 12 de abril de 2010, por volta das 12h30. Meu bebê nasceu na madrugada do dia 26 de dezembro de 1998.

Até breve, meu bebê! Até breve!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Caso Isabella

Por volta da 0h40 deste sábado, dia 27 de março de 2010, o juiz Maurício Fossem, do Fórum Regional de Santana, na capital paulista, proferiu a sentença da condenação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, a 31 anos e 26 anos, respectivamente, peolo assassinato da pequena Isabella de OLiveira Nardoni, de 5 anos de idade.
Mas, quem condenou o casal pela morte de Isabella? Foram eles próprios. Como acreditar na inocência de um pai que não chora e não se desespera com a morte da filha? Como crer em uma mulher, que na condição de madrasta e mãe de duas outras crianças, não chora à morte da enteada? Choraram desesperadamente, ao longo desta semana, lamentando a privação da própria liberdade, que desde o primeiro dia de julgamento estava clara.
A frieza emocional descrita pelo promotor Francisco Cembranelli, foi percebida por todo mundo que acompanhou este triste caso, no decurso desses dois anos.
Isabella, hoje um anjo, morreu brutalmente no dia 29 de março de 2008. E, acredito, finalmente descansará em paz, no plano espiritual. Tomara, que aqui no plano terrestre,a mãe Ana Carolina Oliveira, encontre um pouco de conforto na condenação de quem lhe tirou o ser mais precioso de sua vida, covardemente.
A Justiça, o acerto de contas não se limita ao olhar dos homens. A Justiça do Universo também se pronunciará no momento certo.
Eu estava na redação do jornal, aguardando a sentença, quando, no momento em que entrou a vinheta do plantão globo, meu coração acelerou. Eu esperava ansiosamente pela decisão não só como jornalista, mas como pessoa, que tem um senso de justiça. E senti um estranho alívio com a decisão proferida.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

O espírito fraterno na Pró-Vida

A vida anda tão corrida que 24 horas parecem não serem suficientes para dar conta de todos os afazeres e compromissos. Corro contra o relógio. Por isso, mal consigo arranjar um tempinho para frequentar a Pró-Vida. Mas, posso dizer que se não vou à Pró-Vida, ela vem até mim.
Dia desses, eu estava deixando o estacionamento próximo de onde eu trabalho, pra variar saindo correndo, quando uma senhora, muito gentil, me chamou e disse que também era da Pró-Vida. No meu carro tem um adesivo da Pró-Vida.
Eu estava com pressa e atrasada para o meu compromisso, mas eu parei naquele momento e decidi "esquecer" o atraso. Aquela senhora que nunca me viu na vida foi tão simpática, considerando que eu era uma estranha para ela, porque tínhamos a Pró-Vida em comum.
A Pró-Vida estimula a energia boa que temos dentro de nós e faz com exercitamos os bons sentimentos, a cordialidade e a fraternidade no nosso cotidiano.
Ainda naquele fim de tarde, a senhora me avisou da palestra que aconteceria logo mais à noite, que seria ministrada por alguém que foi amigo do Dr. Celso Charuri. Infelizmente não pude assistir e trocar essa energia boa que existe na Pró-Vida.
Fica para a próxima e a "próxima" oportunidade virá e eu irei. É nisso que eu acredito.