terça-feira, 18 de novembro de 2008

O efeito dominó nos pontos nevrálgicos do mundo

O efeito dominó segue seu curso atingindo pontos nevrálgicos do mercado financeiro mundial. Na primeira quinzena de novembro a Europa anunciou uma realidade alarmante. Dez mil trabalhadores europeus e estrangeiros estão sendo demitidos todos os dias.
Na última segunda-feira, o Japão, a segunda maior potência econômica do mundo, anunciou que está em recessão e que a crise deverá se estender até 2010.
A crise que se alastra neste segundo semestre, após o rombo causado pela inadimplência no mercado imobiliário nos Estados Unidos — até então a maior potência financeira do planeta — preocupa a cada dia. Apesar de injeções e mais injeções de créditos para tentar controlar os sintomas de uma grave recessão — pior que a recessão resultante da quebra da Bolsa de Nova York, em 1929 — as projeções de especuladores e economistas para curto prazo não são nada animadoras.
Parece, no entanto, que todos temem algo que ainda não é possível dimensionar. A mídia fala que os países emergentes, incluindo o Brasil, não serão afetados diretamente pela crise. Mas, há de se considerar que as multinacionais estão instaladas nesses países.
As montadoras de veículos já anunciaram férias coletivas no Brasil. Ainda não se fala em demissões, mas os prazos de financiamento, antes estendidos para 60, 72 meses, já foram reduzidos para 24 meses, com juros consideráveis por prestação. O medo ronda todos os mercados e deixa apreensivos os trabalhadores assalariados e, conseqüentemente o mercado consumidor.
A classe média é a engrenagem do giro de capital no mercado consumidor. É a maior consumidora de bens de consumo e campeãs dos contratos de financiamentos e créditos. As financeiras sobrevivem dos juros recolhidos, porém, a margem de inadimplência hoje coberta por esses juros poderá aumentar e a conseqüência poderá ser a quebra. Mais um ponto nevrálgico atingido.
A crise pode sim afetar seriamente o Brasil e demais países emergentes, pois a Grande Maça que bombeava o fluxo de capital para todas as praças, todas as bolsas de valores, está doente. Tomara que se recupere logo!

Nenhum comentário: